quarta-feira, 6 de maio de 2015

Furacões

O cinza e azul se misturam num pacífico índigo, com uma leveza violenta, te arrasta aos céus
 Puxando para o azul imenso, intenso  te rouba o ar, num movimento estonteante
Como poderia, se é puro ar? Assim, rodam vida, rodam gente em mente
Nossos braços sem movimento, presos em abraços tão etéreos
Se sacodem girando, dentro de um coração aéreo
Que tudo suga, em sua cardiologia natural
Num vento de velocidade séria
Puxa ao âmago toda matéria
Unindo coisas de tão distinta
natureza,  Apenas
para se preencher
 de certeza

Rodopio
Estonteante
Making me high
Contorcendo meu pescoço
Atônito, não consigo soprar um
Por sua força monstruosa, de natureza estrondosa
Rompendo a lei da gravidade, talvez por alguma maldade
Após sugar-me tanto ar, retendo meu corpo em todo seu girar
Criatura que une o terreno ao celeste, elevou-me ao mar imenso
Assim, na imensidão me fiz, junto ao furacão, apenas para acabar
arremessado
ao
chão.